terça-feira, 26 de agosto de 2008

TÉCNICA F1: Toro Rosso - Deflectores laterais

A Toro Rosso (e a Red Bull, já agora) criou uma solução interessante para os deflectores laterais dianteiros. Eles adicionaram um elemento horizontal, transformando-os numa espécie de caixa, que apear de ter que estar acima do fundo plano do carro, ainda consegue gerar apoio aerodinâmico. Claro, esse apoio é de apenas dois ou três quilogramas, mas qualquer ajuda é bem-vinda, por isto é uma boa solução, até porque uma caixa evita transbordo de ar, tornando mais fácil o redireccionamento de ar na maneira mais eficaz.

TÉCNICA F1: Renault - Asa dianteira inferior

A Renault inventou um compromisso diferente para a asa dianteira, com novos parafusos ligados ao elemento central inferior. Agora este elemento tem duas funções: gerar apoio aerodinâmico e aumentar o máximo possível de lastro, porque toda a gente está a tentar colocar o máximo possível de peso à frente para tirar partido destes pneus. Ao montá-la tão em baixo, a Renault deve ter muita separação no efeito de solo que retiram desse elemento central e isso explica porque o Piquet tem falta de confiança no carro, porque a frente reage como um chicote. Mas agora eles encontraram maneira de colocar mais peso à frente com os novos parafusos, por isso estão mais próximos da distribuição de peso das principais equipas, embora ainda tenham que fazer algum caminho para lá chegar.

TÉCNICA F1: Toyota - Asas duplas na caixa de ar

A Toyota fez algo de original em Budapeste, mas não tenho a certeza da sua eficácia - uma asa dupla central de cada lado da entrada de ar para o motor. A primeira asa gera mais apoio aerodinâmico, mas a segunda é como uma asa montada de cabeça para baixo, o que significa que serve para melhorar o fluxo de ar para a asa traseira. Não acredito que é boa ideia ter estes dois elementos tão próximos um do outro, porque a parte traseira vai cancelar o trabalho da parte dianteira. O objectivo é redireccionar o fluxo para as superfícies maiores - como a asa traseira - e com a configuração que eles adoptaram consigo ver que algum fluxo de ar é retirado da asa traseira e isso é a última coisa que se deve querer.

TÉCNICA F1: BMW - Asas nos espelhos

A BMW chegou a Budapeste com asas nos espelhos maiores e diferentes, mais um dispositivo que redirecciona o fluxo de ar em curva. Nesta área do carro, o fluxo sobe num ângulo de 15 graus, já que o ar vem na sequência da asa dianteira, e é necessário tornar o fluxo o mais horizontal possível e fixá-lo à carroçaria - a única maneira de criar apoio. Mais uma vez, este tipo de superfície gera sustentação, mas oferece muitos ganhos ao redireccionar o fluxo de ar para a carroçaria que é sempre uma vantagem. Provavelmente, eles reduziram a sustentação em relação às asas antigas em 50 ou 60 por cento, o que é excelente, mas desta vez pareceram um pouco lentos a reagir a um problema que eles mesmos criaram.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

TÉCNICA F1: McLaren - Asas da frente

A McLaren fez mais que seguir a moda, e as suas asas de nariz são mais parecidas com as da BMW que da Honda. Este é um dispositivo de curva para melhorar o fluxo de ar vindo do topo da asa dianteira. É de evitar ter muito ar a vir na direcção do "cockpit", porque o capacete gera turbulência, por isso estas asas vão redireccionar o ar para o topo dos "sidepods", e como é direccionado para baixo, vai acelerar, o que permite criar mais apoio aerodinâmico. Este elemento, por si só, cria sustenção, mas tem um grande efeito positivo na geração de apoio aerodinâmico, por isso é positivo mesmo quando tem desvantagens.

TÉCNICA F1: Ferrari - Tampa do motor

A Ferrari juntou-se ao "clube das barbatanas", o que é muito visível mas oferece poucas contrapartidas. Claro, ajuda a estabilizar o fluxo de ar para a asa traseira em curva, porque o fluxo atinge um ângulo de cinco ou seis graus quando se vira, mas o que me interessa mais é a maneira como a Ferrari fez a parte inferior da barbatana. É preciso ter carroçaria naquela zona, de acordo com os regulamentos, mas a Ferrari escolheu uma secção triangular, quando no passado era usado um elemento redondo. Assim evitam um efeito de remoinho na saída, melhorando o fluxo de ar para o elemento principal da asa, o que mostra como eles prestam atenção aos detalhes.

Novidades no Blog

De hoje em diante começarei a postar no blog informações da Formula 1, no que diz respeito à Técnicas empregues aos carros.